(Quando o sentimento vêm antes da condição de entendê-lo, o enigma deixa a forma abstrata para se impor, tão óbvio em suas nuances, ainda que décadas sejam necessárias para enfim entender seu sentido)
As vezes eu olho para o horizonte
Como se houvesse nas entrelinhas desse olhar
A certeza de ainda ser, e então o hoje substituir o amanhã
Ao olhar para trás, entender os desafios que foram impostos por outros hojes
E a cada inicio enfrentar o que se impor
Para querer hoje o amanhã
E ainda que o amanhã apesar de se exibir e ludibriar
E me desafiar a alcança-lo
Consigo sempre me iludir e escapar como se escorresse entre os dedos
E mesmo que eu tente explicar que já deixei de sentir o amor que outrora senti pelo hoje
E que preciso ficar só, mas que nunca o esquecerei
Sou incapaz de encontrar o hoje no tempo que pensou
Todas as lembranças que eu pensei ter divido com o hoje, foram divididas com o ontem ou com os dias atrás...
Meus dias foram de alguém que vive no passado, meu presente impõe alguém que já não é capaz de surpreender e em vão eu busco o amanhã, que se diverte em perseguir a idéia de encontrar, mas enfim é abusca que motiva
E toda energia será empregada pela missão, mas sempre que a resposta estiver ao alcance, desvios serão criados
Pois de fato, não é a resposta e sim a busca que obriga ir em frente e não desistir
E para que toda a existência não reste irrelevante, sempre haverão perguntas
Um comentário:
meu presente impõe alguém que já não é capaz de surpreender.
um saco.
vou passar o feriadão também, eu e meus botões, sem pessoas (pra me sentir sozinha)
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