sábado, outubro 04, 2008

Uma nuvem cobre o céu
Escondendo os raios de sol
A escuridão se sobrepõe a claridade
Escondendo a verdade nos rostos que passam por mim

Mesmo ante a lucidez do brilho solar
Minha capacidade de enxergar a verdade tinha se esvaido
Já não sabia ler as pessoas
Como outrora fui capaz

E assim me joguei aos braços
Dá primeira possibilidade de amor
Sem precauções ou proteção

E antes de perceber
Fui atingido pela arma mais poderosa de nossas dias
E o mal do século se apoderou do meu corpo
O físico se sobrepôs a minha alma
E enfim fui subjugado por uma força desconhecida e muito maior

E agora me resta lamentar pelo meu fim
E aceitar o destino...
Ou aceitar o que o futuro me reserva
Lutando para ser maior do que a própria vida

E esperando que a cada fraqueza de meu corpo
A minha mente se fortaleça
E que no fim minha presença mundana
Faça todo o sentido que ela tenha que fazer

Que cada palavra dita ou escrita por mim
Encontre seu fim
Seu significado pleno
E que a minha vida traga questionamentos e diferenças
E a minha morte eleve o pensamento dos meus iguais

Que a minha vida não seja em vão
Que ela seja marcante, e que todos aqueles que não se importaram em me conhecer
Que nessa hora única, abram o coração e se permitam entender a mensagem

Questionar o óbvio sempre foi minha idéia
Não para discordar
Mas para provocar a crença no óbvio

Eu pequei mais que qualquer um
E duvidei de tudo mais que qualquer um
Não por não acreditar, mas por acreditar

Questionar era meu jeito de fazer com que acreditassem ainda mais em suas suposições
Vários suporam, eu tive certeza

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