sexta-feira, outubro 24, 2008

As folhas em branco se multiplicam
Me suplicam palavras
Me exigem fazer sentido

Elas são tão parecidas comigo ou são espelhos
Elas precisam de mim tanto quanto eu preciso delas
Eu escrevo, me imponho poesias
Me obrigo em criar fantasias, sonhos
Me obrigo em ser diferente, especial

Cada frase que construo, cada pensamento
É uma necessidade de satisfazer esse pequeno e exigente ego

Eu já estou cansado de ouvir que tenho qualidades
Elas existem e são um alívio para mim, mas principalmente para os outros
Quem, pelo amor de Deus, vai me explicar os meus defeitos

E eu continuo tentando desvendar o mistério de viver
E continuo procurando aquela pessoa, que vai merecer minha devoção
Meu amor e lealdade incondicional
Aquela que vai transformar essa desesperança em sentido de viver

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