quarta-feira, agosto 31, 2005

Sen(ti) Sentir

Sem ti sentir
Meu coração dorme só
Repousa quieto

Sem ti sentir
Meu corpo anda só
Se move sem rumo

Sem ti sentir
Minha mente pensa só
Alucina, vive de lembranças

Sem ti sentir
Eu não sinto
Eu fico só

Devaneios

Certeza eu não tenho nenhuma
Também pudéra é a mesma rua
E ainda assim tu estás desconfiado
Normal
Está tudo de cabeça para baixo

Tá ouvindo o barulho?
Vem daquele canto escuro
Será um gato ou um velho esfarrapado
Ou será um cão...que me olha atravessado
Parecendo irritado...com um cigarro na mão

Menina

Saída da vida, jeito de menina
Sem medo, sem sorte, amiga da morte
Cantando ou calada ela sempre aguarda
Um belo rosto de um jovem moço
Que sentindo-se forte, lhe agarre o cangote
Mas que seja de um jeito nobre
Pois não é mulher de vida fácil...
Um príncipe encantado ou o rei do cangaço
Não importa o que for
O que menina quer
É morrer de amor...

Nação!

O dia está estranho hoje
Bombas não caem do céu
Pessoas que não morrem de fome
Nem vítimas em Israel

O mundo não é o mesmo de ontem
Ninguém está lutando para sobreviver
E as doenças que matavam
Já não matam mais você

Países do terceiro mundo
Já não choram os seus mortos
E no oriente
Guerrilheiros deixam os seus postos

Todos na mesma corrente
Trabalhando pela união
Não temos mais países
Somos uma só nação

Chegou Ao Fim

Parar de fazer o que eu faço?
Parar de falar o que eu falo?
Parar de pensar o que eu penso?
Parar de agir como eu ajo?

Você queria que eu mudasse para melhor
Melhor para quem? Para você ou para mim?
Você queria que eu fizesse o que me mandas fazer
Eu digo você não manda em mim
Você me disse para parar de beber
Mas eu só bebo para esquecer....Você!

Eu queria que você me tratasse melhor
Melhor para quem? Melhor para mim
Eu queria que você não me mandasse fazer
O que eu não quero fazer
Eu queria não ter que beber
Para tentar esquecer....Você!

A nossa história acabou
A vida é assim
O tempo não nos perdôou
Chegou ao fim

Noites De Bar

Noites de bar
Noites solitárias

Cerveja e cigarro
Como amigos
E as lembranças

Noites de boemia
Noites sem fim

A tristeza como companhia
E a saudade
Como amiga mais antiga

terça-feira, agosto 30, 2005

Porto Alegre

Caminhando por bairros e ruas
Eu descubro uma cidade inigualável
Pelas esquinas e avenidas
Por passarelas, encontro um mundo
De paisagens muito belas

Porto Alegre onde eu nasci
Me achei e me perdi
Não espere que um dia esquecerei

Eu vou ao brique, ao cinema, ao parcão
Encontro amigos, para a roda de chimarrão
Troco idéias, invento músicas com meu violão
Povo amado, me sinto honrado por ser cidadão

Porto Alegre onde eu nasci
Me achei e me perdi
Não espere que um dia esquecerei

Três Linhas

Seus olhos me fazem chorar...
Seus lábios me fazem sorrir...
Seu coração me faz amar...

O Pensamento

Pergunte para seu coração
Que ele lhe responderá sentimentos
Tente ser racional
E verás que pode se defender desse mal...

Pergunte para o seu coração
De que jeito você vai escapar
Peça consciente o seu perdão
Que a dor ainda pode acabar

Pergunte para o seu coração
O que pode ser melhor
A fria escolha da razão
Ou a vida com mais emoção

Pergunte para o seu coração!!!

Última Esperança

O silêncio existiu...
Quando ela pensava em ficar
E me deixar ir...

E o coração ficou atormentado...
Por não saber, por não entender...

Ela não ficou, eu também não...

Por que ficaria, se ela levou consigo...
A última esperança de amor...

O Tempo!

Onde está o tempo?

Acredito na persistência.

Onde está o tempo?

Acredito nas coisas reais.

E os sonhos?

Você havia perguntado sobre o tempo?

É. Onde está o tempo?

Sonhos são parte da realidade.

Então o sonho pode ser real, e o tempo?

O tempo acabou!

sábado, agosto 27, 2005

Partiam

Partiam
Iam embora sem palavra alguma
Iam embora simplesmente

Quem podia explicar?

Deixavam tudo para trás
Despedaçavam os corações de quem ficava
E iam, simplesmente

E foram

Todos que ficaram
Não entendiam
Mas deixaram-nos ir...

De Repente

De repente a escuridão
A minha mente viaja
Meus pés parecem não tocar o chão

De repente a escravidão
Meu destino ligado ao teu
Não permite outra escolha

De repente a lucidez
Eu já não te pertenço
Tu já não faz mais parte de mim

E então a loucura
Que me faz livre
E te livra de mim

Sonho De Sonhar Sorrindo - Parte I

As vezes eu sonho
E as vezes eu vivo

Tem dias que eu acordo sonhando
Em outros eu acordo sorrindo

Se sonho, enlouqueço sorrindo

Vivo, as vezes sonhando e outras vezes sorrindo
Sorrindo um sonho enlouquecido
Enlouquecendo de sonhos e de sorrisos...

Sonho De Sonhar Sorrindo - Parte II

Sonhar vez em quando é triste
Triste sonhar enlouquecido
Triste pensar que pensa triste

Bom seria sonhar
Sonhar sorrindo

Quem sabe enlouquecido
Que sonha sorrindo
Ao invés de ficar dormindo...

Sonho De Sonhar Sorrindo - Parte III

Sozinho e quieto
Consigo pensar

Pensar que consigo me anima

Quem sabe não desista
Sonhando, mas pensando na vida...

Sonho De Sonhar Sorrindo - Parte IV

De novo eu tenho vontade
De sonhar uma nova vida

Barreiras podem ser ultrapassadas?
Vontade de sonhar sorrindo
Enlouquecido, louco de satisfação...

Sonho De Sonhar Sorrindo - Parte V

Num triunfante final
Onde todas as formas se tornam belas

As máscaras caem
Revelando a verdadeira face da maldade

Nada mais pode ser dito
Nada mais tem significado

Se não poder sonhar sorrindo
Por não ter um coração enlouquecido

O Retorno Ao Vale

Há tempos esquecidos
Os caminhos ao vale acabaram consumidos...

Mais verdes, mais cerrados
Escondendo o velho cajado...

A capa da maldade anuncia o retorno da ira

Abandonado o velho ermitão chora por sua sorte
Chora por sua vida!

Verdade

Na marginalidade das almas
Se encontra a grandeza
A procura é profunda, é profana...

O teu véu de princesa
Não esconde sua distância da realeza...

A verdade que se aceita, não é a verdade da franqueza
A verdade que se aceita é a que se condiciona...

O Poema Que Ia

A tarde fria, espera companhia
Que triste acompanha, meu coração em agonia

Que só para de soluçar
Quando pensa em teu olhar

A vida que segue, já não tem alegria
Vai no descompasso de quem perdeu sua sintonia

Já não espera a noite, nem que a tarde finda
Deixa passar a vida, seguindo o poema que ia...

Verde Vale da Montanha - Parte II

Passeios no vale
Aquele vale dos sonhos
O verde que inebria
O verde que embebeda

O doce olor de magia
O vale onde só um habita

Que vive, que mata
A solidão que espanta
Que é tamanha

É a maldição
Do verde vale da montanha

A Montanha

Sinto falta da montanha
E dos verdes vales ao redor
Da calmaria da encosta
E da confusão da floresta

Sinto falta das coisas que eu tinha
Da fogueira e do limo das pedras
Do céu cheio de estrelas e daquela lua linda

Sinto falta da vida de ermitão
Onde nunca estava sozinho
Pois tinha as fadas e os passarinhos!

Verdes Vales da Montanha

Vista a capa da maldade para atrair a chama
O ódio saindo das entranhas
Dos verdes vales da montanha

Salto do esconderijo negro
Atravesso a imensidão sombria
Carregado pelos braços da ira
Envolto em um turbilhão de desejos

Foste o fim, entretanto é só o começo
Triste fim terão os inimigos pois sofrerão no ardor da batalha
A fúria que provem daquela capa

A raiva embriagada de uma maldade lúcida
Remoendo no obscuro a dor que se esconde
Para jamais perder a alma e não ficar a mercê da eternidade

sexta-feira, agosto 26, 2005

A Saga Da Montanha

Parto em nova jornada e carrego comigo os meus pertences. Algumas roupas velhas e uma de domingo. Levo comigo algumas anotações, coisas sem valor, mas de muita importância.
Trago na mala outras viagens, outras despedidas, lembranças que são inesquecíveis, fragmentos de vida.
Atravesso esse singelo vilarejo, com suas cabanas de teto de palha. Um gordo bigodudo acena pra mim como se me desse boas-vindas e eu retribuo com umero aceno de cabeça.
Como posso deixar estas árvores, como posso partir sem levar a saudade ccomigo.
Assim, sigo caminhando e cumprimentando as pessoas, por fora estou sorrindo, mas por dentro é que sinto a viagem me consumindo.
O portal, a última fronteira, a última lembrança. A partir daqui estou por mim mesmo, sem paz, mas com esperança e a cabeça cheia de sonhos.
E agora, que caminho devo seguir, aonde cada destino irá me levar, qual a melhor rota a seguir...Só o tempo sabe a resposta, mas como alcança-lo é impossível, o que posso fazer...
Então vou pelo caminho que for e não importa os obstáculos e dificuldades que enfrentarei.
Já não vejo mais a vila, só a montanha com suas árvores e pedras. Não consigo parar de me preocupar com o que possa vir. Estou com medo, mas confiante e a cada passo uma nova aventura, uma nova mudança. Então, que venha a montanha...