Descobri que ele tem fim
E nesse fim existe uma dor gigante
Que não passa com anestesia
Mais que isso, exige um pedaço de tristeza
Junto com uma porção enorme de tempo
Para que tu possa chorar
E sentir saudades
Extravasar toda a raiva
E odiar, e querer bem
E então esquecer de tudo que era ruim
E lembrar apenas do que era bom
E sentir todo aquele amor novamente
Apenas para descobrir que a parte boa
É como um doce comido na infância
Mesmo que o gosto seja o mesmo, o prazer não é igual
E o amor é capaz de acontecer como um estalo
Uma vontade impulsiva que perdura através dos anos, e para alguns eternamente
Basta segundos para tomar conta
Mas leva muito tempo para ser esquecido
E quando se consegue
Enfim, se libertar de um querer sem sentido
Exige um esforço enorme para evitá-lo
E para se manter atento em evitar se perder na mesma armadilha
E as vezes viemos a nos esconder
E afastar o mundo, desejando estar sozinho
Escondido em algum lugar afastado
Para evitar sentir novamente o vazio deixado
Mas invariavelmente ocorre um descuido
E ao baixar a guarda
Acaba-se surpreendido
E involuntariamente apaixonado
E então esquecido do sofrimento antigo
Do egoísmo de se preocupar apenas com a própria felicidade
Para cegamente se entregar ao bem estar que traz esse sentimento
E entende que poderá repetir a dor, mas aceita o risco apostando que será mais feliz
O coração será partido, a tristeza do amor será sentida
Mas acaba trocando a segurança de não sentir
Pela possibilidade de amor, da sensação de ser importante para alguém, de ser aceito mesmo com seus defeitos e falhas.
Aceitar a possível dor do rompimento em troca da aposta de felicidade.
Por isso vamos celebrar sempre o amor.
O encontro de duas almas destinadas a viver eternamente durante um periodo.
O amor não se extingue, ele é eterno. Relacionamentos começam e terminam mas o amor construido não termina.
Porque o amor é eterno diante dos laços construidos e incapaz de ser dissolvido. O que separa não é o amor, é o desamor.
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