quinta-feira, maio 28, 2009

A Impossível Caçada Ao Amanhã

O agora parece tão diminuto quando se pensa no passado
Aquela sensação saudosista de tantas batalhas travadas
O sol que brilha nesse céu tão azul só permite ser admirado tal qual ele se exibe
Pois os ancestrais se deixaram envolver
Vertendo sangue, inventando certezas
O sol brilha com toda intensidade nesse presente, pois foi testemunha de tantos sacrificios
O sangue que corre em nossas veias, que impulsiona o coração
Se satisfaz impregnado das batalhas dos nossos ancestrais

Embriagadas de satisfação, satisfeitos por ser parte dessa transformação
Tantos sorrisos orgulhosos, aceitando o futuro imponente, aguardando que ele venha e nos complete com satisfação e deleite

Mas, enquanto isso, nesse relance de presente
Nesse intervalo entre as glorias do que já foi
E na espera anciosa desse futuro que se mostra resoluto, que se faz consequentemente, no mundo perfeito, brilhante
Vigora o presente
E dele fazemos troça, relegamos a importância
O futuro fica mais distante, fica impossivel
O amanhã é sempre inalcançavel

E o presente sufoca o passado, desfaz a alegria das conquistas
E queriamos parar o tempo
Ou simplesmente adiantá-lo até o futuro

Mas não é possivel
E por fim ficamos, atados e condenados, ao dia que sucede ao outro, nunca será amanhã
Sempre será hoje, sem memória e sem mudanças
Vagando feito corpos suspensos, resignados, expostos e destinados a existir eternamente no real e lógico, porém imperfeito presente

Nenhum comentário: