quinta-feira, maio 28, 2009

É...

É a sombra que faz imaginar o frio apesar do sol de fevereiro
É a vontade de fazer exatamente aquilo que todos aconselharam a não fazer
É torcer para que aconteça a única coisa que não é capaz de acontecer

É abrir um sorriso largo quando todos lamentam
É lamentar por não estar sorrindo como os outros

É se indignar por causas perdidas
E dar de ombros por coisas que todos se preocupam
É parar alguns segundos embaixo do sol e respirar o calor
É se olhar no espelho e sorrir

É acordar e desejar encontar outras pessoas
É dormir sonhando com algo melhor
É saber que apesar de ser incapaz de mudar o mundo, ser capaz de mudar a si mesmo

A Impossível Caçada Ao Amanhã

O agora parece tão diminuto quando se pensa no passado
Aquela sensação saudosista de tantas batalhas travadas
O sol que brilha nesse céu tão azul só permite ser admirado tal qual ele se exibe
Pois os ancestrais se deixaram envolver
Vertendo sangue, inventando certezas
O sol brilha com toda intensidade nesse presente, pois foi testemunha de tantos sacrificios
O sangue que corre em nossas veias, que impulsiona o coração
Se satisfaz impregnado das batalhas dos nossos ancestrais

Embriagadas de satisfação, satisfeitos por ser parte dessa transformação
Tantos sorrisos orgulhosos, aceitando o futuro imponente, aguardando que ele venha e nos complete com satisfação e deleite

Mas, enquanto isso, nesse relance de presente
Nesse intervalo entre as glorias do que já foi
E na espera anciosa desse futuro que se mostra resoluto, que se faz consequentemente, no mundo perfeito, brilhante
Vigora o presente
E dele fazemos troça, relegamos a importância
O futuro fica mais distante, fica impossivel
O amanhã é sempre inalcançavel

E o presente sufoca o passado, desfaz a alegria das conquistas
E queriamos parar o tempo
Ou simplesmente adiantá-lo até o futuro

Mas não é possivel
E por fim ficamos, atados e condenados, ao dia que sucede ao outro, nunca será amanhã
Sempre será hoje, sem memória e sem mudanças
Vagando feito corpos suspensos, resignados, expostos e destinados a existir eternamente no real e lógico, porém imperfeito presente

sábado, maio 16, 2009

São tantas as aventuras
Dia após dia, eis que a vida surge
Simples assim
Simplória como a falta de inspiração
Dolorosa como a falta de amor
Jogando na cara que a falta de criatividade
É culpa interna
É resignição pela rotina
É pura falta de imaginação
Basta eu perceber a tua presença
Que deixo toda minha eloquencia se esvair

Sempre sei o que dizer não importa a situação
Mas então diante de ti simplesmente esqueço o significado das palavras
Parece que tu nunca vais saber das declarações que te dediquei em sussurros

Eu não sei como seria, não sei se faria sentido nos dois

Eu não achei que depois de tudo
Eu me disporia a deixar que outra mulher tivesse meu coração em suas mãos
Tendo o poder de fazer o que quiser
E longe de tí, eu nego tudo
Mas toda manhã, os teus olhos me olham, de um jeito que só eles são capazes de fazer
E daí, a minha única escolha é deixar que tu seja a dona do meu destino e do meu coração