Abri os olhos devagar
Para perceber que meu mundo agora é outro
Para olhos forasteiros pouco mudou
Mas para os olhos que acompanham o dia-a-dia
Fica evidente que as coisas transformaram-se
A imagem que outrora reinava desviou-se da obviedade
E impulsionada pela aventura enfrentou os riscos
Admitiu viver a solidão de estar sozinho
Abdicou de estar solitária entre as pessoas
Escolheu desafiar os obstáculos e enfim desfazer-se da opressão que a calmaria da rotina proporcionava
Os braços abertos acolhendo o inusitado, o impossivel
Já tinha tanto passado desde a última vez
Mas agora podia parar em frente ao espelho e ter certeza
És novamente homem, senhor de seu destino
É enfim livre, solitário e responsável pelo caminho que então se descortina
Criatura de alegria e culpa
Ao longe o horizonte infinito
No espelho a imagem é clara
O presente é o passo para o futuro
Todo o medo do fracasso transformado em força
Atráves do sorriso hesitante
Completo de receio e duvídas mas honesto em sua resolução
Sempre estive sozinho, mas enfim estou por minha conta
Saudades e melancolias de ser infantil e irresponsável surgirão
Mas enfim, a imagem no espelho transformada
Explicita e real, reflete o último passo, reflete a transformação
Sim, o mundo há de saber
O menino mudou
Virou um homem, e abriu a porta do desconhecido para aceitar tudo que tiver que acontecer
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