quarta-feira, dezembro 05, 2012

Amor - Parte V - Epílogo

Não existe o fim.
Apenas outras versões.

Linhas, palavras, intenções
Receios e recreios

E completo sem fim.
Que se renova.

E continua, continua, continua...

segunda-feira, dezembro 03, 2012

Porque meu coração tinha partido
E minha crença esvaído
Entre dor e incertezas
Não parecia existir como risco sabido
Acabar confuso outra vez

Pela incerteza do sentimento e aquela vontade irracional de querer bem a alguém
Parecia experimentar a dor que arde sem solução
Que fere sem marcas visíveis
E que tem no tempo a única cura
Dissipante, lenta e nociva

E assim, seria outra vez
Senhor de meus desejos
E sabedor do poder paralisante desse sentir
Desenvolto na arte de evitar seus apelos

E ao me sentir liberto
Almejaria conquistas improváveis
Encorajado por pequenas vitórias delirantes, embebido em uma crença infantil
De que a sujeição ao sentir se resumia a primeira frustração

Mas a realidade não sabe ser compreensiva
E ainda menos capaz de agir com sutileza em ensinar
E exige sofrimento, raiva e confusão
Para esclarecer o que tem a dizer

E nesse processo
Acabamos despidos de conhecimento
Perdendo verdades que levaram anos sendo construídas
Até estarmos completamente nus, daquilo que nos definia

E quando atingida essa fase
Voltamos a construir a realidade que nos definirá
Completamente mudados, distante do que fomos no príncipio
Mais sábios, mais capazes de lidar com as coisas ao redor

Porém, carregando em si
Um pedaço de individualidade que nasce junto
E faz com que cada um de nós sejamos únicos
Escondidos entre generalizações
Transformados em comuns no meio de tudo

Inevitavelmente levados de encontro a realidade
Até o momento irreversível que impulsiona as engrenagens
Do movimento que leva à mudanças
Que perecerão como marcos de uma história pessoal