quinta-feira, outubro 19, 2006

Whisky

Toda a nossa natureza
Dentro de um copo de whisky

Lá no fundo as incompreensões
Mexe formando um turbilhão
As emoções misturadas
O doce veneno da desatenção

Cubos de gelo
Esfriam os ânimos
Derretem, devagar
Cada pedaço de amor

Um gole só
O copo vazio
Solidão

Não-Amor

A minha recusa em aceitar
O tempo passou
Mentira!
Eu nunca te amei
E esse não-amor ainda dói

Não aguênto mais
a nitidez do teu rosto
Os sobressaltos quando ouço teu nome

Eu vou embora
Vou para qualquer lugar

Amnésia por favor!
Porque ainda?
Até quando?

Acabou...não quero
Não é poema...não é amor
Dor de cotovelo...

Escrever sobre amor era bom
Agora...
Palavras tristesem um papel em branco...
Vazio...e completo...
E as lembranças?
Só de quando era bom!

sexta-feira, setembro 15, 2006

Eu cometi pecados
Como uma pessoa qualquer
Eu fui julgado como ninguém foi

Porque os meus erros são piores que os seus?

Eu falei bobagens
Como um idiota qualquer
Eu aceitei todas as consequências
E você?

Porque os meus anseios são piores que os seus?

Noite Solitária e Depressiva de Inverno

Desceu o véu negro
A escuridão está por todos os lados
Fecharam-se as saídas
Este quarto é tão pequeno

Fui jogado aqui
Com todos os meus medos
Sem armas, sem intenções

Os olhos não se acostumam com a solidão

Os motivos acabaram
Faltou transcender
Minhas pálpebras se fecham lentamente

E meus olhos ainda não se acostumaram com a solidão
Com a escuridão...

terça-feira, maio 09, 2006

Atrás de diversão
Atrás de companhia
Somente sozinho
Para entender a ironia

O poema peca
Por nada dizer

Culpado é o poeta
Que esqueceu de sentir

A vida desencanta
Sem nada para rimar

A palavra é sua vontade de gritar
O verso o seu grito
O tempo não tem fim quando a gente está lado a lado
O tempo é o fim quando estamos separados

O tempo e o fim
O fim de todo o tempo
O nosso tempo no fim

Quando estamos lado a lado
Estamos separados...
Já faz tempo que tu se foi
Nunca mais disse teu nome

A vida parece normal....demais

Já faz um tempo
Esqueci teu rosto
Nunca mais os teus beijos

E a vida parece normal...demais

Já tem um tempo
Que sinto tua ausência
Todos os dias em busca da tua frequência

E a vida parece doer...demais

segunda-feira, abril 24, 2006

É só pegar na tua mão
Se eu estiver com medo
Pedir o teu colo
Quando preciso de carinho
É ser minha amiga
Agora e para toda a vida

Pode pedir para eu ficar
Eu não quero também estar sozinho
Se tu quiser um beijo
Eu dou sem pensar
Só não quero que vá
Ficaria sem ter para onde ir
Tantas horas passam
Corro atrás do futuro
Alguém descobriu?
Como alcançar o amanhã!

Alguém teve certeza?
Quantos ainda estão confusos
Duas crianças...
É amor! Quem sabe amar?

Eu já ouvi outros coros
E outros cupídos
Eu sei! Estupidos!
Por que não amar?

Eu já vi pessoas felizes
Prá onde vão?
Eu sei amar
Prá onde vou?

quinta-feira, abril 06, 2006

O Que Procura?

Ela sempre volta atrás
Sempre que decide alguma coisa
Volta atrás

Já quis ser baterista
Piloto de balão
Raspou o cabelo para virar budista
Caçadora de tubarão

Já usou Vitor Hugo
E a coleção da Renner verão
Quis viajar pelo mundo
E se encontrar na solidão

Já foi hippie, yuppie
Trabalhou na televisão

Nunca encontrou o que procura
Porque ela sempre volta atrás
O tempo desperdiçado em acordes imperfeitos
Os dias passados contemplando o vazio
Os pés deixam de tocar o chão
É a estranha sensação de não ter mais alma

As coisas já não são tão reais
É a ilusão desses dias de luta
E eu tenho perdido as batalhas
Quantas ainda perderei antes de cair?

O vento não traz bons agouros
Corta lenta a carne
Leva o que resta de humano
E deixa no corpo solidão